Passado um mês te escrevo avó, não sei bem para onde, não sei bem como, te escrevo com a eterna esperança que me possas ler, que me possas ouvir.
Este último mês tem sido como anestesiante, parece que não me sinto, que não me conheço. de certo que é a tua falta, que são sintomas da tua ausência.
Às vezes entro em casa e ainda vou direita à porta do teu quarto, e depois, no mesmo instante que coloco a mão no puxador... às vezes ainda te ouço pela casa, às vezes ainda te sinto. Tenho de aceitar que te foste embora, que a tua missão estava, por fim cumprida, mas eu já tenho tantas saudades tuas... como se acaba com este sentimento de vazio...
No teu quarto está tudo igual avó. O teu cheiro continua lá tão intenso como sempre, é impossível não sentir que me olhas sempre que lá vou, que me abraças e me dizes que tudo ficará bem. E eu não consigo tirar da cabeça o teu corpo tão parado, tão sem-vida.
No teu quarto está tudo igual avó. O teu cheiro continua lá tão intenso como sempre, é impossível não sentir que me olhas sempre que lá vou, que me abraças e me dizes que tudo ficará bem. E eu não consigo tirar da cabeça o teu corpo tão parado, tão sem-vida.
Avó, eu sou retalhos de ti que ainda cá permanecem, e te prometo, falarei sempre de ti aos meus filhos, da avó sempre maravilhosa que foste, de como protegias sempre os teus, como amaste tão intensamente. Não há maneira de te arrancarem de mim te juro, e tu, sei que continuas torcendo por mim.
e só deus sabe como eu gostava de te olhar uma vez mais...
e só deus sabe como eu gostava de te olhar uma vez mais...
Onde quer que estejas, que seja lindo, que seja morno, (não suportavas o frio), que te façam a comidinha como tu gostas, ou secalhar aí nesse sítio nem precisas de nada disso, quem sabe? que seja o melhor dos lugares avó, descansa em paz.
'como podem dizer que morreu quem tão presente esta no nosso coração', foi assim que terminou .
'como podem dizer que morreu quem tão presente esta no nosso coração', foi assim que terminou .